Matemática: uma ciência democrática
António Machiavelo começou por realçar as semelhanças entre a música e a matemática, nomeadamente no que respeita à partilha de alguns termos específicos de ambas as áreas.
Numa intervenção recheada de emoção, o docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) explicou que o afastamento dos mais jovens face a esta disciplina deve-se à falsa implicação de que “se a matemática é difícil, é só para alguns”. Esta pressuposição é, na opinião de Machiavelo, “absurda”. Embora reconheça a dificuldade desta ciência exacta, diz que todas as coisas interessantes são difíceis e não têm de ser aplicadas a elites, mas trabalhadas.
Segundo este especialista, licenciado em matemática pura, esta ciência é um teste ao limite intelectual humano que treina e educa o raciocínio, estimulando o espírito crítico. Além disso, clarifica o “papel essencial e absolutamente democrático” da demonstração e desperta o prazer e a auto-confiança humilde.
“Corresponde a algo real a que acedemos através da nossa intuição. Beneficia das adaptações evolutivas da nossa espécie, ajuda a construir instrumentos e a desenvolver noções usando simbioticamente a experiência e a razão, que são destiladas em conceitos que permitem o avanço”, resumiu.
Para reforçar a importância da matemática, este admirador de números lembrou o “milagre das suas aplicações”, que vai desde a descoberta de Neptuno à teoria da relatividade, que é utilizada hoje em dia no GPS. Além disso, acrescentou que esta ciência “captura elos profundos entre coisas que parecem diferentes, mas que são apenas os dois lados da mesma moeda”.
Em Ciência Hoje
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